Segunda-feira, dia 22 de Março de 2021.
1. Resultados da AstraZeneca geram otimismo nos EUA
A AstraZeneca (LON:AZN) (SA:A1ZN34) superou um grande obstáculo para a autorização de sua vacina nos EUA, à medida que o Reino Unido e a UE se aproximavam de restringir as exportações de vacinas entre si.
A empresa disse que sua vacina foi 79% eficaz em parar o Covid-19 sintomático e 100% eficaz na prevenção de morte e hospitalização, em um estudo que cobriu mais de 32.000 voluntários nos EUA. Os resultados também não mostraram problemas com distúrbios de coagulação do sangue, preocupações que levaram muitos países da UE a suspenderem a distribuição da vacina no início deste mês.
2. Casos pelo mundo
A notícia chega em um dia em que a maior economia da Europa, a Alemanha, deve se juntar à França para endurecer e estender as restrições de bloqueio até meados de abril em resposta a um aumento de novas infecções nas últimas duas semanas.
Fora da Europa, a Índia relatou a maior contagem de mortes diárias em mais de dois meses, enquanto as novas infecções atingiram um recorde histórico aqui no Brasil e no Chile. Também houve sinais negativos na reabertura de comércios dos EUA, com brigas entre multidões de turistas nas férias de primavera que levaram Miami Beach a declarar estado de emergência.
3. Turquia em turbulência
Os mercados financeiros turcos entraram em colapso após o presidente Recep Tayyip Erdogan demitir o chefe do banco central, Naci Agbul, no fim de semana, apenas dois dias depois de aumentar as taxas de juros mais do que o esperado.
A intervenção de Erdogan reacendeu os temores de um retorno à política econômica anterior, que tolerava uma forte desvalorização da moeda e uma inflação crescente. Erdogan indicou Naci Agbal no ano passado, no que parecia um retorno decisivo a políticas econômicas mais ortodoxas.
O dólar subiu mais de 10% em relação à lira no início do pregão, mas voltou a subir "apenas" 9,8% às 9h01, horário de Brasília, depois que funcionários do governo minimizaram as sugestões de que o país imporá controles de capital para apoiar a moeda.
Já o real brasileiro subia 0,35% em relação ao dólar americano, com o dólar cotado a R$ 5,5111.
4. Futuros de NY devem abrir mistos
As más notícias no front da Covid-19 deram uma pernada extra para a recuperação das ações de tecnologia e um revés para as cíclicas, com os mercados ao redor do mundo repreciando suas apostas de reabertura. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA de 10 anos, entretanto, caíram para 1,686% às 9h02.
Os futuros do Dow Jones apresentavam desempenho inferior nas negociações pré-mercado, caindo 0,07%, enquanto os futuros do S&P 500 subiam 0,2%. Os futuros do Nasdaq 100 avançavam 0,82%.
Outras ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem as da GameStop (NYSE: GME), que deve relatar lucros para os três meses até janeiro - a primeira atualização desde o épico short squeeze no início do ano. Os analistas esperam um lucro de US$ 88 milhões, ou US$ 1,35 por ação, com receita de US$ 2,2 bilhões.
Já o índice EWZ, que replica o Ibovespa em Nova York, caía 0,73%.
5. Saudi Aramco
A Saudi Aramco (SE:2222), a maior empresa de petróleo do mundo, disse que manteria seu pagamento de dividendos em US$ 75 bilhões em 2020, apesar de uma queda acentuada nos lucros devido à pandemia.
A decisão diz menos sobre as perspectivas para a indústria global do petróleo do que sobre o orçamento saudita, que depende dos dividendos da Aramco para a maior parte de seus recursos. O fluxo de caixa livre caiu para US$ 49 bilhões, o que significa que a empresa terá de tomar empréstimos para cobrir o déficit.
Os preços do petróleo estavam agitados na segunda-feira, conforme as dúvidas sobre a temporada de turismo de verão no Hemisfério Norte se intensificaram. Os futuros do petróleo WTI avançavam 0,41% a US$ 61,69 o barril, enquanto os futuros do Brent subiam 0,17%, a US$ 64,64 o barril.
Terça-feira, dia 23 de Março de 2021.
6. Brasil luta contra a pandemia
Os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) se reuniram ontem com representantes dos hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês e das redes Amil e Dasa (SA:DASA3), além de empresários como Abílio Diniz de Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho de administração do Bradesco (SA:BBDC4), para tratar sobre medidas de combate à pandemia, relatou o jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a matéria, eles devem apresentar hoje ao deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), ainda aventado como possível novo ministro da Saúde, uma carta com propostas para direcionar o combate à pandemia.
Enquanto isso, o Ministério Público Federal, que havia enviado um ofício ao Ministério da Saúde na noite de sexta-feira (19) alertando que os municípios de Rondônia e do Acre poderão sofrer desabastecimento de oxigênio medicinal a partir de amanhã, mandou novo ofício sobre risco de insuficiência no Amapá, Paraíba e outros estados do Nordeste.
O alerta acontece após reunião com a White Martins, uma das principais produtoras de oxigênio medicinal do país.
7. Powell e Yellen enfrentam o Congresso
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, devem iniciar o testemunho de dois dias antes do Congresso na terça-feira, em frente ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara. Eles vão discutir a saúde da economia dos EUA e a importância dos estímulos fiscais e monetários na recuperação da pandemia.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram para os níveis mais altos em mais de um ano, com os mercados financeiros apostarando em uma recuperação mais rápida do país. E a dupla provavelmente receberá muitas perguntas de um Congresso profundamente dividido politicamente sobre se esses rendimentos continuarão a subir em meio a temores de superaquecimento da economia.
No entanto, a julgar por trechos divulgados de seu depoimento pré-redigido, Powell vai reiterar o plano do banco central de apoiar a recuperação "pelo tempo que for preciso", já que a economia permanece abaixo dos níveis pré-pandêmicos. Em particular, o mercado de trabalho continua sendo uma preocupação para o Federal Reserve, com a taxa de desemprego e a taxa de participação no trabalho ainda lentos.
Yellen disse repetidamente nos últimos dois meses que os EUA podem se dar ao luxo de tomar mais empréstimos com taxas de juros historicamente baixas e que, embora o nível da dívida seja grande, o custo do serviço dessas obrigações é o mesmo de 2007.
EVENTO: Dúvida para fazer o Imposto de Renda? Participe do Guide Week
8. Vacina da AstraZeneca enfrenta restrições
Os executivos da AstraZeneca (NASDAQ:AZN) (SA:A1ZN34) devem ter sentido que finalmente conseguiram uma pausa na segunda-feira, depois que dados de um grande teste nos EUA mostrarem que a vacina contra a Covid-19 se mostrou 79% eficaz em geral e 100% eficaz na prevenção de doenças graves e hospitalizações.
Após isso, no entanto, uma agência de saúde dos EUA questionou se a empresa teria fornecido uma visão completa dos dados de eficácia, lançando dúvidas sobre o plano para solicitar autorização de uso de emergência nos EUA para a vacina nas próximas semanas.
O Data Safety Monitoring Board "expressou preocupação de que a AstraZeneca possa ter incluído informações desatualizadas desse ensaio, o que pode ter fornecido uma visão incompleta dos dados de eficácia", disse o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA em comunicado.
A vacina da AstraZeneca tem sido perseguida por dúvidas sobre a eficácia, regime de dosagem e possíveis efeitos colaterais. Muitos países europeus, incluindo Alemanha e França, suspenderam o uso da vacina no início deste mês, depois de relatos relacionarem a dose a um raro distúrbio de coagulação do sangue.
9. Ações devem abrir mistas; Europa se precoupa com Covid
Os mercados de ações dos EUA devem abrir em queda nesta terça-feira, com investidores aguardando comentários de Powell e Yellen no Congresso.
Às 09h11, apenas os futuros do Dow Jones caíam, enquanto os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 avançavam 0,13% e 0,8%, respectivamente. Já o EWZ, ETF que replica o Ibovespa em Wall Street, tinha queda de 0,98% na pré-abertura.
A terça-feira marca o aniversário de um ano do caos do mercado de 2020, quando a pandemia fez com que as ações despencassem. Desde aquela mínima intradiária, tanto o S&P 500 e o Dow Jones Industrial Average avançaram 80%, enquanto o Nasdaq Composite ganhou mais de 90%.
As perdas esperadas para hoje em Wall Street seguem a fraqueza na Europa, com as ações europeias recuando de um pico de um ano, uma vez que a nova onda de casos de coronavírus e uma extensão do lockdown na Alemanha aumentaram os temores de uma lenta recuperação econômica.
Além disso, as ações turcas continuaram caindo, com o índice principal perdendo 7% depois que o presidente Tayyip Erdogan demitiu abruptamente o governador do banco central hawkish no fim de semana e instalou um crítico da postura monetária restrita do país. A moeda, a lira, também está volátil, mas recuperou algumas das perdas acentuadas de segunda-feira.
10. Petróleo atingido pelas restrições contra o coronavírus na Europa
Os preços do petróleo caíam na terça-feira em meio a preocupações crescentes de que uma explosão de casos da Covid-19 na Europa desacelerará a recuperação da demanda, especialmente antes da temporada de turismo de verão.
Às 9h13, os futuros do WTI caíam 3,85%, a US$ 59,19 o barril, enquanto os futuros do Brent recuavam 3,98%, para US$ 62,05 o barril.
Em mais um golpe para a indústria do turismo, multas de 5.000 libras serão introduzidas para os ingleses que tentarem viajar para o exterior antes do final de junho, em um aperto nos controles de fronteira do país.
Do lado da oferta, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) se reunirá no dia 1º de abril para definir a política de produção para maio.
“A oscilação do mercado dará à OPEP+ algo em que pensar antes de sua reunião”, disseram analistas do ING, em relatório. “Claramente, antes da recente pressão de baixa, as expectativas eram de que a OPEP+ começaria a aliviar os cortes. No entanto, o grupo pode estar mais hesitante em fazê-lo agora, especialmente se o sentimento não mudar antes da reunião.
Quarta-feira, dia 24 de Março de 2021.
11. Brasil no ápice da pandemia
O Brasil chegou ontem ao recorde de 3.251 mortes por coronavírus notificadas no período de 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde nesta terça-feira (24). Além disso, o país ainda registrou 82.493 novos casos de coronavírus, com o total de infecções confirmadas avançando para 12.130.019.
À noite, em uma fala de pouco mais de 3 minutos, Bolsonaro, que já minimizou a efetividade da imunização e chegou a declarar que não iria se vacinar, defendeu que o governo vem tomando medidas de enfrentamento à pandemia e lembrou que em poucos meses o país estará produzindo de forma autossuficiente suas doses contra a Covid-19. A fala em rede nacional foi recebida por protestos contra o presidente em algumas cidades brasileiras.
"Estamos no momento de uma nova variante do coronavírus, que infelizmente tem tirado a vida de muitos brasileiros", disse Bolsonaro logo no início do pronunciamento. "Quero tranquilizar o povo brasileiro e afirmar que as vacinas estão garantidas", afirmou, citando previsões de doses ao longo do ano.
Ele se reúne hoje com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que devem alertar, segundo O Globo, que a agenda legislativa ficará travada enquanto a pandemia não for controlada no país. Também participam dessa reunião o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, o vice-presidente Hamilton Mourão, ministros e governadores.
12. PMIs fortes na Europa e no Japão; EUA de olho em Yellen e Powell
A última rodada de indicadores de atividade econômica mostrou uma aceleração em março, com os índices de gerentes de compras da IHS Markit, os PMIs, ficando bem acima das expectativas no Japão e na Zona do Euro, bem como no Reino Unido.
As pesquisas são anteriores ao último aperto de restrições na Alemanha (que supostamente abandonou seus planos de paralisação nacional de cinco dias na Páscoa) e não foram suficientes para reverter grandes perdas do mercado de ações no início do pregão europeu.
Posteriormente, nos EUA, o presidente do Federal Reserve Jerome Powell e a secretária do Tesouro Janet Yellen devem repetir o depoimento diante do Comitê Bancário do Senado, um dia depois de Yellen sinalizar a possibilidade de aumentos de impostos para cobrir o déficit orçamentário. Haverá também dados de pedidos de bens duráveis para fevereiro e números semanais de refinanciamento de hipotecas. John Williams, Mary Daly e Charles Evans, do Federal Reserve, falam depois.
13. Ações devem abrir em alta; a última bomba de Bitcoin de Musk
Os mercados de ações dos EUA devem abrir em alta depois de caírem na terça-feira, em resposta aos temores de que a última onda de Covid-19 varrendo a Europa, Índia e América do Sul possa atrasar a recuperação econômica global.
Às 9h04, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e do {{8874 | Nasdaq 100}} subiam 0,35%, 0,38% e 0,75%, respectivamente. O índice EWZ, que replica o Ibovespa em Wall Street, tinha leve baixa de 0,03% na pré-abertura.
As ações que provavelmente estarão em foco mais tarde incluem Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34), cujo CEO Elon Musk anunciou via Twitter que a montadora agora está aceitando Bitcoin como pagamentos. A notícia fez o Bitcoin subir 5%.
Disney (NYSE:DIS) (SA:DISB34) e AMC Entertainment (NYSE:AMC) também devem ficar em foco, depois que a gigante do cinema anunciou que lançará dois grandes filmes em seu canal de streaming e cinemas ao mesmo tempo - se protegendo dos receios de que os consumidores não queiram mais se aventurar nos cinemas.
EVENTO: Dúvida para fazer o Imposto de Renda? Participe do Guide Week
14. CEO da Intel apresenta a nova estratégia
A Intel (NASDAQ:INTC) (SA:ITLC34) mapeou os planos para se restabelecer como a maior fabricante de chips do mundo com um novo plano estratégico de US$ 20 bilhões que prevê a construção de duas novas fábricas no Arizona, nos EUA.
O plano sinaliza uma reafirmação do compromisso da companhia em fazer seus próprios chips, ao mesmo tempo em que aponta para a abertura de mais terceirização e contratos de fabricação em nome de terceiros. A proposta chega em um momento oportuno, quando as deficiências das cadeias de suprimentos atingem todos os continentes.
O novo CEO, Pat Gelsinger, também disse que as vendas da empresa cairão menos do que o temido este ano, depois que a receita e o lucro excederam as expectativas internas no primeiro trimestre. As ações da Intel subiam 5,6% no pré-mercado americano.
15. Bloqueio de Suez eleva os preços do petróleo
Os preços do petróleo bruto subiram acentuadamente depois que um grande navio de contêiner encalhou no Canal de Suez, no Egito, bloqueando uma das rotas comerciais mais importantes do mundo. Relatos sugerem que o desbloqueio do canal pode levar até três dias.
Por volta de 9h07, os futuros do WTI subiam 2,35%, a US$ 59,12 o barril, enquanto os do Brent avançavam 2,2%, a US$ 62,13 o barril.
Quinta-feira, dia 25 de Março de 2021.
16. Combate à pandemia
Mais de um ano após a chegada do vírus em território nacional e com doze milhões de casos registrados, o governo federal anunciou a criação de um comitê de emergência para o combate à doença. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o grupo deve lançar diretrizes que ficarão centralizadas pela pasta e que visam evitar o estabelecimento de lockdown.
Ele também afirmou ontem, em coletiva, que o país pode passar “no curto prazo” de 300 mil pessoas vacinadas por dias para 1 milhão.
Em outro front, ao menos 9 estados, além do Distrito Federal e algumas capitais, já anunciaram programas de distribuição de renda independentes ao governo federal, aponta levantamento do Valor Econômico. Os mercados brasileiros sentiram a carta assinada por alguns governadores e endereçada aos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), exigindo o aumento do benefício nacional de R$ 250, que começa em abril, para R$ 600.
Perto das 8h53, o EWZ, principal ETF brasileiro negociado no exterior, subia 0,19%.
17. Canal de Suez ainda bloqueado
O Canal de Suez, uma das artérias mais importantes para o comércio global, permaneceu fechado pelo terceiro dia depois que um enorme navio de contêineres foi atingido por fortes ventos e encalhou na terça-feira.
A Bloomberg informou que um esquadrão de salvamento de elite deve chegar ao local na quinta para somar esforços aos de rebocadores e escavadores que até agora não conseguiram rebocar o navio, que é mais longo do que a altura da Torre Eiffel de Paris. A TV estatal holandesa citou o chefe da empresa de salvamento dizendo que pode "levar semanas" para desbloquear o canal.
O bloqueio deixou mais de 100 navios parados aguardando a entrada no Canal, uma perturbação que promete se refletir nos preços das commodities e no fluxo comercial por pelo menos um mês. O Canal atua não apenas como a principal rota de petróleo bruto do Golfo Pérsico para a Europa e a costa leste dos EUA, mas também para o petróleo russo que está sendo enviado para a Ásia.
Os futuros do WTI caíam 3,19% a US$ 59,34 o barril, enquanto os do Brent recuavam 2,76%, a US$ 62,63.
18. Europa e Reino Unido recuam na guerra das vacinas; AstraZeneca revisa dados de medicamentos
O Reino Unido e a UE sinalizaram uma trégua na luta por vacinas, prometendo trabalhar juntos em uma declaração conjunta divulgada antes de uma cúpula da UE no final do dia. A cúpula também contará com a presença, remotamente, do presidente dos EUA, Joe Biden.
Durante a noite, a AstraZeneca atualizou os resultados de ensaio nos EUA para mostrar uma taxa de eficácia ligeiramente inferior para a vacina da Covid-19. A empresa diz agora que a droga é 76% eficaz em deter o vírus e repete que é 100% eficaz na prevenção de morte e hospitalização.
A discrepância com os resultados iniciais, no entanto, lança uma luz indesejável sobre os processos internos da AZ, aumentando a confusão anterior sobre os resultados dos testes iniciais na Europa. A vacaina da companhia é uma parte vital da campanha global de vacinação, sendo substancialmente mais barata do que as oferecidas pela Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) e Moderna (NASDAQ:MRNA) (SA:M1RN34). Isso é importante porque os dois piores surtos no mundo atualmente estão ocorrendo na Índia e no Brasil.
19. Ações devem abrir em baixa
As ações dos EUA devem abrir em alta modesta após as quedas da quarta-feira, com a atenção provavelmente voltada para os dados semanais de seguro-desemprego às 9h30, horário de Brasília.
Às 9h10, os futuros do Dow Jones, do S&P 500 e do Nasdaq 100 caíam 0,33%, 0,31% e 0,41%, revertendo a alta registrada no início da manhã de hoje.
Espera-se que os pedidos iniciais tenham caído para 730.000 de 770.000 na semana anterior. A leitura final do quarto trimestre PIB também será divulgada.
Haverá discursos de membros do Federal Reserve, John Williams, Richard Clarida, Charles Evans, Mary Daly e Raphael Bostic no decorrer do dia.
20. Bancos centrais emergentes ponderam sobre aumento da inflação
É outro grande dia para os bancos centrais de mercados emergentes, com África do Sul e México anunciando as respectivas decisões de política monetária. As pressões inflacionárias forçaram a Turquia, a Rússia e o Brasil a elevar as taxas de juros na semana passada e, embora os analistas não esperem um aumento em nenhuma das reuniões de hoje, o banco central mexicano em particular deve adotar uma orientação mais hawkish.
Durante a noite, a Suíça deixou a política monetária inalterada, mas suavizou o discurso sobre a possibilidade de intervir para limitar a alta do franco.
Entre as moedas digitais, o Bitcoin continuou a cair por conta de uma séria de comentários negativos sobre a adoção da Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34). Os analistas do Bank of America emitiram uma nota destacando a pegada de carbono da moeda, que está em desacordo com a meta declarada da companhia de reduzir as emissões.
Sexta-feira, dia 26 de Março de 2021.
21. Divergência da pandemia aumenta com Biden dobrando a meta de vacinação
O progresso mundial na contenção da pandemia Covid-19 está vacilando, com o desempenho americano divergindo cada vez mais acentuadamente.
Os EUA parecem ser os mais propensos a se juntar à China para controlar a doença, embora as novas taxas de infecção pareçam ter chegado ao fundo do poço nos últimos dias. O presidente Joe Biden acelerou o cronograma para vacinar a população dos EUA, dizendo que agora tem como alvo 200 milhões de doses nos primeiros 100 dias do governo. A meta inicial de 100 milhões foi alcançada.
Na União Europeia, no entanto, as taxas de infecção continuam a subir em todas as grandes economias ao norte dos Alpes. O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, alertou na sexta-feira sobre “sinais claros” de que a última onda de Covid-19 será pior do que as duas primeiras.
22. Enquanto isso, no Brasil
Enquanto isso, o sistema de saúde brasileiro segue em colapso, com recorde de contaminações registradas em um único dia, cemitérios de São Paulo liberando sepultamentos depois das 22h e hospitais privados na iminência de ficarem sem remédios para o tratamento da Covid-19.
O Brasil registrou nesta quinta-feira 100.158 novos casos de coronavírus, superando pela primeira vez desde o início da pandemia o patamar de 100 mil infecções em um único dia, segundo dados do Ministério da Saúde.
As montadoras Nissan (T:7201) e Toyota (T:7203) (SA:TMCO34) anunciaram ontem a suspensão das atividades no Brasil por causa do agravamento da transmissão da doença, seguindo decisões parecidas da Mercedes-Benz e da Volkswagen (DE:VOWG).
No meio disso, uma notícia positiva: o Instituto Butantan deve falar hoje sobre a produção da ButanVac, a primeira vacina brasileira contra a Covid-19. A instituição deve pedir autorização de testes à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A ideia é fabricar 40 milhões de doses até o final do ano.
23. Renda pessoal, gastos no radar
Os dados de renda pessoal e gastos pessoais dos EUA para fevereiro serão publicados às 9h30, horário de Brasília. A renda deve ter caído 7,3% após um aumento de 10% em janeiro, enquanto os gastos pessoais devem ter caído 0,7%, após uma alta de 2,4% no mês passado.
Haverá também o índice de preços mais recente para despesas de consumo pessoal, a medida de inflação preferida do Fed, bem como a pesquisa Michigan Consumer Sentiment.
24. Fed deve acabar com as restrições de pagamento bancário
O Federal Reserve sinalizou que qualquer risco da pandemia para a estabilidade do sistema bancário atingiu seu pico. A autoridade afirmou na quinta-feira que levantará as restrições aos dividendos da maioria dos bancos e recompras de ações que impôs no início da pandemia.
Depois de provisionarem dezenas de bilhões de dólares contra possíveis perdas de crédito, os bancos registraram uma forte recuperação no lucro no terceiro trimestre, antes de oscilar novamente no último trimestre de 2020.
As proibições serão suspensas em 30 de junho, mas permanecerão em vigor por mais três meses para qualquer banco considerado com escassez de capital na atual rodada de testes de estresse do Fed, cujos resultados também devem ser realizados no final de junho.
A notícia chega uma semana depois que a autarquia efetivamente encerrou o relaxamento temporário das regras de capital para os bancos, também instituído no início da pandemia.
25. Bloqueio de Suez deve durar até a próxima semana
Uma das vias navegáveis mais importantes do mundo deve permanecer bloqueada pelo menos até o meio da próxima semana, de acordo com vários relatos.
A maré alta esperada para sábado provavelmente não será suficiente para libertar o navio porta-contêineres Ever Given, que está preso contra a parede lateral do Canal de Suez.
A Bloomberg informou que o número de navios aguardando entrada no Canal agora aumentou de 185 para mais de 300 na quinta-feira. Isso provavelmente levará a interrupções consideráveis nas cadeias de abastecimento de tudo, desde petróleo e gás natural liquefeito a plásticos e celulose. Os futuros do petróleo bruto subiram mais de 1,5% durante a noite, mas ainda em curso para terminar a semana em queda.
Fonte: Investing.com
Comments